terça-feira, 13 de maio de 2014

Para meu brother.



Desde os primórdios da formatura do ABC aos dias atuais, meu melhor amigo! 
Criados num prédio da Ernesto de Paula Santos, acostumados com histórias
de tubarão, trombadinha da Entra Apulso e prisão em elevador.


Minha infância de filho único nunca exigiu um irmão, porque eu já tinha,
estava sempre lá, no quinhentos e dois, era só pedir pra Bida interfonar
e falar que achei uma nova passagem em Zelda que o brother descia voando
pelas escadas pra comemorar comigo.

Nunca foi bom de bola, perdia pra mim no ping-pong, era acirrado no winning eleven, mas vencia no Mário Kart.
Usava um óculos fundo de garrafa, tinha(ainda tem) cara de nerd, deu o primeiro beijo com uns 13 anos de idade e arrumou a primeira namorada aos 16.

Estivemos juntos por todas essas fases de "evolução". Vi o primeiro porre quando ele vomitou até a alma e teve que dormir na minha casa porque tia Edna não podia saber que o filho dela era um bêbado insano (brincadeira, tia), e mesmo assim chegou tocando lá as 6 da manhã pra buscar o embriagado que acordou precisamente sóbrio com o susto.

Vi July(poodle) recém nascida, vi buchuda, vi ter filhote, vi dar pro filhote, embuchar do filhote e viver nesse ciclo de cachorrada latindo quando eu tocava a campainha.

Fui o primeiro a raspar a cabeça dele quando passou no vestibular.

Quando ganhei o primeiro carro ele era o co-piloto e a gente fazia pega a 100km/h na Av. Boa Viagem.
Quando ele ganhou o primeiro carro ele parou de fazer pega. ¬¬

Pegamos a febre de Counter Strike em Recife, íamos procurar pelada na praia e cada um ia pra um time, obviamente que o meu ganhava. Matinê da Fashion, tua mãe deixava a minha pegava, vice-versa. Vi tu virar casaca, arrumar um estágio, um emprego, outro emprego, arrumar uma nêga, ir trabalhar em outro estado, depois em outro, agora outra nêga e, enfim, para nossa felicidade, vi tu colar grau, bicho.
Claro, formado já era, muito capaz por sinal. Mas foi irado te ver de beca e capelo concretizando todo esse ciclo.

Brow, bendito encontro nessa vida. Te desejo todo sucesso do mundo, sua felicidade também é a minha, sua mãe também é um pouco a minha, e essa camaradagem, de certo, vai além dessa vida como provavelmente ultrapassou
outras.

E a sensação é que mesmo tu aí nas Curitiba, é como estivesse lá no 502, e quando eu quiser falar contigo, é só pedir pra Seu Jenário dar os toques pra gente bater aquele velho papo com cerveja e pá.

Te amo, mamão! É nós sempre. Eu titular e tu banco! 



Do seu brother,

Mariano Sá

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