Bato as mãos nos bolsos da calça, confiro: carteira, ok; chaves,
celular, sorine. Tudo aqui.
Saio, fecho a porta e volto. Olho no quarto, procuro, não
acho. Peguei tudo.
Entro no carro, olho debaixo dos bancos, porta-luvas, tá
tudo aqui.
Chego no trabalho, verifico agenda, atas, pautas,
pendências, até estas continuam por aqui, tudo aqui.
Mas carrego, ultimamente, com constância, a angustiante
sensação de que esqueci algo.
Não sei onde, não sei o quê.
Mas creio que é algo que não cabe no bolso da calça.
Caiba, talvez, debaixo do bolso da minha camisa de botão.
Mariano Sá.
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