domingo, 27 de maio de 2018

Se as cidades fossem mulheres - Recife



                                                                    


Se as cidades fossem mulheres, Recife provavelmente seria pra casar.

Recife é aquela “boyzinha” cult, descolada e de sensualidade subliminar. Usa um oclinhos de grau que só aguça o charme e evidencia a malícia. Nunca vai te deixar saber se vai dar de primeira ou não.

O certo é que ela vai prender sua atenção, tagarelar os assuntos mais interessantes possíveis, mesmo que não seja sua praia, você vai se interessar por aquelas palavras ditas com sotaque polido, tinindo todos os t’s e d’s e tudo que não chia.

Sem falar no uso do pretérito imperfeito que soa tão perfeito quando ela te pergunta: “fizesse o que ontem, menino?” Visse como é massa? Só Recife, esta bela dama, é capaz de fazer teu coração bater mais forte que maracatu com um beijo na beira do Capibaribe lá no marco zero pra selar de vez o amor que tu jura ser recíproco.

Mas Recife é foda! De tão blasé não se entrega assim, pois não há homem à altura dessa mulher. Então Recife te beija, transa loucamente, um, dois, três encontros talvez, mais que isso com muita raridade.

Aí começa a sumir, aos poucos, como um desmame, e quando vês, tá lá, Recife no bar jogando charme pra outro trouxa naquela mesma sexta que ela te disse que não tava a fim de sair de casa. 🤦🏾‍♂️

Mariano.

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